Biografia
MURO LX_2021
portfólio
Thiago Mazza, 1984, nasceu em Belo
Horizonte, no Brasil. É licenciado em Design Gráfico pela Universidade Estadual
de Minas Gerais – UEMG. Autodidata em pintura, contactou com o graffiti em 2010
e depois começou a pintar paredes.
Thiago é considerado como um grande expoente
do muralismo contemporâneo brasileiro e conhecido no cenário da arte urbana
contemporânea pelo seu domínio na representação da fauna e da flora. O seu tema
de estudo mais conhecido são as plantas tropicais, com a sua estrutura
exuberante e densa folhagem. Recentemente, já em Portugal, tem estudado a flora
autóctone dos locais onde habita, acrescentando essa nova dimensão às suas
obras.
Thiago participou em festivais em todo o mundo, como Artscape (Suécia),
Vukovart (Croácia), UpFest (Reino Unido), Stenograffia (Rússia), IPAF (México)
e CURA (Brasil). O seu trabalho dialoga com pintura clássica, arte de rua e
arte contemporânea. Thiago Mazza traz a natureza dentro de si, a
engenhosidade para transmutá-la e a arte de nos levar até ela.
Local:
Sinopse:
“A minha especialidade é pintar plantas. Eu faço a recolha das plantas e monto o meu
trabalho. Como moro no Brasil, costumo pintar plantas tropicais. As pessoas chamam-me para os festivais pelo meu trabalho tropical e, muitas vezes, é isso que querem: que
eu incorpore o tema tropical. Mas quando eu cheguei a Portugal, eu fiquei na zona da
Ericeira a fazer a quarentena e, como estamos na primavera, encontrei tudo muito
florido. E então eu pensei em trabalhar a partir das plantas daqui. Fiz a recolha de
algumas plantas, mas foi muito difícil, porque as plantas no Brasil são mais resistentes
e aqui elas murchavam rapidamente. Mas acabei por conseguir recolher algumas
plantas nativas e que crescem espontaneamente nos campos daqui, como a
alcachofra selvagem, a papoila, etc.
Nesta parede vou pintar essas plantas que apanhei já aqui em Portugal. E o que que
acho que vai surpreender um pouco é o facto de eu trazer esse estilo meio tropical da
minha pintura, que é uma coisa cheia e tal e, para aqui, eu faço uma montagem onde
amplio muito as flores, porque Às vezes as flores, como são mais pequenas, passam
muito despercebidas. Quando se vê uma planta no campo, ela é só um pontinho roxo,
amarelo ou vermelho, e não para reparar, enquanto as plantas tropicais, como são
muito grandes, as pessoas vêm-nas por completo. Mas para verem estas, as pessoas
têm que chegar um pouco mais perto. E então eu tento trazer isso, para as pessoas verem como são bonitas as plantas que há aqui e o quanto elas são tão coloridas
quanto as tropicais e, às vezes, até mais, Então a minha intenção é levar as pessoas a
valorizarem mais a flora nativa, a plantinha que cresce num lote vago, num quintal
abandonado e que são muito bonitas.”
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